quarta-feira, 29 de abril de 2009

Catch-all party



"Se o leitor acha que Portugal deve apoiar a recondução de Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia, pode votar PS nas próximas eleições; se, pelo contrário, acha que Portugal não deve apoiar a recondução de Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia, nesse caso, pode votar PS.José Sócrates, primeira figura do partido socialista, considera que Durão Barroso fez um bom trabalho e deve manter-se no cargo. Vital Moreira, primeiro nome na lista do PS para as eleições europeias, acha que Durão Barroso deve sair. Sócrates quer um presidente da nossa raça (para usar uma expressão cara ao Presidente da República), Vital Moreira quer um da sua cor. Certos leitores poderão perguntar: como pode um partido apresentar-se a eleições manifestando simultaneamente uma determinada intenção e a intenção rigorosamente inversa? Censuro a perfídia destes leitores. Desconhecem aquilo a que os cientistas políticos chamam um catch-all party: um partido político que, com o objectivo de captar o maior número possível de eleitores, renuncia a qualquer ideologia.
(...)A originalidade do PS está neste pormenor engenhoso: o partido socialista não rejeita quaisquer ideologias, antes as subscreve a todas (com excepção, talvez, da socialista). O cidadão deseja que Barroso continue? Vote no PS, que tudo fará para o apoiar. Pretende ver Barroso fora da Comissão? Vote no PS, que eles também não querem lá esse bandido. Considera que Barroso deve presidir à Comissão Europeia apenas às segundas, quartas e sextas, cedendo o lugar a, digamos, uma peça de fruta às terças, quintas e sábados? Vote no PS, que há-de haver alguém lá dentro que defende essa orientação (...)".

(Ver artigo completo aqui)

Ricardo Araújo Pereira, in "Visão", 16 de Abril

terça-feira, 28 de abril de 2009

Alô!?!




A partir de hoje, quem ligar pelo telefone o 808 202 009 é atendido pela líder do PSD. Não em directo, claro, mas através de uma gravação em que Manuela Ferreira Leite convida os eleitores a deixarem "ideias, experiências e críticas" - "no fundo, a sua verdade".

A Maioria


Vital Moreira acabou por passar um atestado à fraqueza de José Sócrates com estas palavras: " se o PS não obtiver a maioria absoluta nas legislativas será “derrubado à primeira circunstância” e “terá que ir apresentar a Belém a sua demissão”.
A questão é que isto é muito mais que um pedido de maioria absoluta, isto é expor falta de fortaleza politica. Como diria Afonso Azevedo Neves no 31 da Armada: “Ficámos a saber que Sócrates não é feito da mesma massa que anteriores líderes, socialistas ou não.”

O obamaniaco

(imagem via O Inimputável)
Nem tudo está mal na terra do tio Sam.
(Aceitem a provocação, mas eu não podia deixar de publicar isto)

sábado, 25 de abril de 2009

E a história onde fica?

O largo: A ponte:

Esquerda democrática

Hoje, dia da Liberdade para alguns e de trabalho para mim, passei pelo largo do rato e claro avistei a sede do nosso Partido Socialista, em que com grandes cartazes na sua fachada falava como era o único e o maravilhoso partido da esquerda democrática em Portugal. Todo o edifício estava decorada com fotografias de um passado glorioso. Eu pensei, que tal juntarem estas ao álbum???


quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sobre o Opus Dei


Aos que andaram a criticar o Opus Dei neste e no meu outro blog e em outras muitas vias, deixo somente um conselho, sei que também não prezo muito pela redacção, mas isto irrita-me, não se diz "a Opus Dei" é "o Opus Dei", no masculino. Apesar de Opus querer dizer Obra, uma palavra feminina, faz parte da terceira declinação do Latim e se bem me lembro lê-se no nominativo singular Opus e no Genitivo Operis, Operum.

Saber falar


Chego de Roma a Lisboa e a primeira coisa que vejo à frente da minha casa é o novo cartaz da Manuela Ferreira Leite, eu que tinha deixado a capital de Portugal inundada das assinaturas do Vital Moreira.
A Manuela Ferreira Leite, líder pouco carismática sem capacidade nenhuma de falar para as massas, é uma pessoa vista com uma certa desconfiança, isso tudo é verdade. Ninguém gosta do colar de pérolas, já Condoleezza Rice fazia deste uma marca e a Margareth Teacher combinava-o com os seus blazers, ou seja típico do conservadorismo politico feminino. Mas eu quero lá saber se o colar fica bem ou fica mal, estou mais preocupada com a crise.
No Semanário Expresso desta semana, havia um artigo, ou melhor um comentário, pouco simpático a este cartaz, feito por publicitários, exprimindo a sua abastada neutralidade e simplicidade. Eu até acho que isto não é mau de todo, porque o eleitorado português, numa maneira geral como o europeu, e graças a Deus ao contrário do americano, têm uma visão menos emotiva das eleições. Esse pragmatismo foi notório na péssima campanha eleitoral de Manuel Maria Carrilho e do menino Dinis e da mãe Barbara Guimarães.
Já estou farta de ouvir sempre a mesma conversa que não deixa de ser irracional, a MFL não é uma boa politica porque não sabe conquistar o povo, então segundo este silogismo podíamos por Cristiano Ronaldo à frente de um partido? Mas afinal o que esperam da MFL? Querem um líder que saiba falar para as massas? Querem ser as massas? Hitler também falava bem. Um líder que saiba contar mentiras, fala sempre bem, engana sempre bem.
Se há coisa que MFL tem é transparência e não ter medo de expor as suas ideias mesmo que estas não sejam favoráveis para a campanha, isso é admirável e muito raro.
Não quero um Primeiro Ministro fruto de marketing politico ou criação de um Luís Paixão Martins.
Já agora, eu gosto do cartaz.

Europeias

Muita coisa se passou durante a minha ausência, uma delas foi o anunciou, mais que esperado, do cabeça de lista PSD para as Europeias. Apesar da noticia já não ser novidade, eu não posso deixar de demonstrar o meu contentamento.
Paulo Rangel, enquanto se falava em Mota Amaral, Marcelo Rebelo de Sousa ou Pacheco Pereira a escolha foi uma surpresa e uma lufada e ar fresco. Sem querer atingir o professor Vital Moreira, mas fazendo-o, a Europa precisa de gente nova, sem anacronismos e saudosismos. Andemos para a frente.

Ca estou eu....

.... de volta

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Começou bem!

Vital Moreira Classificou as declarações de Paulo Rangel como sendo absurdas. Isto pelo facto de o deputado social democrata afirmar a importância da discussão dos temas nacionais à luz da realidade europeia. De acordo com o académico de Coimbra devemos apenas focar-nos nos assuntos europeus. Actualmente falar de políticas nacionais poderá até parecer ridículo, tendo em conta o poder de decisão que cabe ao estado-membro de uma instituição como a União Europeia. Ainda assim, não devemos esquecer e minimizar, a relação causa-efeito entre as decisões europeias e a realidade nacional. A questão é: a grande maioria dos portugueses não está consciente desta "impotência" nacional face às orientações europeias. Aquilo que os portugueses conhecem é a dura realidade que enfrentam e, bem ou mal, será esta que influenciará a decisão daqueles que no dia 7 de Junho pretenderem manifestar a sua posição. Assim sendo a discussão dos temas nacionais e o seu enquadramento no contexto europeu parece-me bastante pertinente e urgente e um bom ínicio para que os portugueses se mobilizem e se interessem mais por este acto eleitoral. Porque, infelizmente, a Europa não é tão consensual como se quis fazer acreditar. É preciso mobilizar, agitar, interessar e esclarecer os eleitores e nada será tão eficaz como mostrar-lhes que o Parlamento Europeu não serve apenas para exilar concorrência interna e vozes dissonantes.

E a Europa aqui tão perto...


A avaliar pela reacção de Vital Moreira (aqui), a escolha de Paulo Rangel foi sem dúvida a mais acertada. Vamos a isso!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Nem tudo vai bem no reino socialista




O “sistema capitalista” parece “ter entrado em ruptura”. Há “direitos conquistados durante gerações, pelos trabalhadores” que foram “gradualmente postos em causa”. O retrato, do mundo e de Portugal, é tudo menos risonho e é assinado pelo PS, o partido do Governo, e por alguns dirigentes da chamada “ala esquerda”, a começar por Manuel Alegre, e pelo fundador do partido Mário Soares.


Quem diria que um dia assumiriam os seus erros.

sábado, 4 de abril de 2009

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Afinal já não tenho medo

Vou reformular o post abaixo, é que afinal já não tenho medo. Mas fica na mesma a citação.
"Bem vindo, Barack Obama, à Europa! Espero que ajude os dirigentes europeus a renunciarem ao neoliberalismo. É uma nova era que começa."
Mário Soares, "Visão", 02-04-2009

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Medo

Hás vezes tenho medo do escuro outras vezes tenho medo de Mário Soares, o quê que se há de fazer, ou menos se houvesse um remédio?

"Bem vindo, Barack Obama, à Europa! Espero que ajude os dirigentes europeus a renunciarem ao neoliberalismo. É uma nova era que começa."
Mário Soares, "Visão", 02-04-2009

O PS e a Família

Hoje, no Jornal Publico online citava-se: "A associação Cáritas diz que de Novembro a Março houve mais de 35 por cento de novas famílias a pedir apoio". Por isso quando o sr. Sócrates fala-nos das suas medidas de apoio às famílias eu rio-me.
Este é o resultado de um governo, as famílias são tão importantes e nucleares na sociedade que não podem ser uma preocupação pensada em vésperas de campanhas.

G-20


Barack Obama está na Europa, veio no dia das mentiras.
Obama têm sido, como desde a sua campanha um óptimo orador. OK é verdade que grandes discursos marcaram a história e nisso ele continua a não desiludir. Mas as pessoas não comem palavras e nestes 60 anos da NATO e nestes dias de crise de mercado, há que fazer um balanço, e vamos ser práticos. Porque hoje a velha aliança militar e económica entre os dois continentes está abalada e é necessário muito mais que um discurso lido no teleponto.
Vamos ver.