quinta-feira, 26 de março de 2009

A Eva (I)


A condição feminina. Poucas as coisas são tão belas na natureza humana como a diferença entre o Homem e a Mulher. Esta diferença faz-nos sempre sentir bem, eu como mulher adoro vestir saias, se saio à noite adoro pintar-me, arranjar-me, por uns brincos e usar anéis, adoro quando deixo cair uma coisa ter um cavalheiro a juntar e a abrir-me a porta ou afastar a cadeira para me sentar, não é só por causa destas pequenas coisas que adoro ser mulher, mas o facto é que adoro ser mulher. E por adorar ser mulher é que acho ridículo este anuncio, patrocinado pela Presidência do Conselho de Ministros e por mais incrível que parece pela CIG: Comissão para a Cidadania de Igualdade de Géneros.
Pois, aqui está um grande exemplo de igualdade, em dizer que um género faz democracia melhor que outro género, se substituíssemos na frase a palavra "mulher" para "Os homens fazem a democracia melhor" não seria politicamente correcto e assim sendo, isto parece-me um daqueles incentivos que têm um efeito contrario. Eu antes de ver esta publicidade sempre achei que as mulheres eram boas democratas, mas agora ao ler isto penso que afinal existe um complexo social. Mas ainda se põe em questão?
Uma das coisas falibilistas da nossa sociedade é tentarem pôr tudo em igualdade, existe diferenças, existe diferenças entre mulheres e homens, penso que as mulheres fazem melhor muitas coisas que os homens e penso que os homens fazem melhor muitas coisas que as mulheres, penso que não há mal nenhum das mulheres terem uma vocação social direccionada mais para a maternidade, para as lides de casa e isso não mitiga nenhum valor na sociedade ou na praxis politica, até pelo contrario. As mulheres são fortes, sempre demonstraram sê-lo mesmo nos piores tempos de guerra.
Por vezes quando se quer pôr em igualdade aquilo que é desigual isso torna-se na maior discriminação, e este argumento é válido para a discussão sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

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